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Infecções e abortos

Qualquer infecção que leve à bacteremia ou viremia pode causar aborto de primeiro trimestre, mas, normalmente, não estão envolvidas em AR. Toxoplasmose, rubéola, citomegalovírus (CMV) e sífilis também podem estar associadas a abortos, mas não com AR. DSTs também podem estar associadas a aborto e devem ser investigadas. Recomenda-se ainda bacterioscopia e cultura de secreção vaginal, além de pesquisa específica de Mycoplasma hominis, Ureaplasma urealiticum, Chlamydia trachomatis e Neisseria gonorrhoeae.

Entretanto, mesmo não havendo infecção vaginal detectada, pode haver uma inflamação do endométrio. Endometrite crônica está presente em 9%-12% das mulheres com AR, mas não está estabelecido se realmente está envolvida na causa. É geralmente assintomática ou com sintomas discretos, como o corrimento vaginal, dores pélvicas discretas ou sangramento vaginal irregular. Acredita-se que essa infecção pode produzir toxinas que causam danos ao embrião e ao processo de implantação. É diagnosticada por biópsia de endométrio com anatomopatológico compatível com infecção (o que nem sempre está presente) ou presença de plasmócito no estroma endometrial (CD138 e EMA) detectado por imuno-histoquímica. Quando presente, deve ser tratada com antibiótico.

Outro exame que pode avaliar a presença de endometrite crônica é o Teste ALICE. Por meio dele, identifica-se a presença das oito principais bactérias patogênicas associadas à Endometrite Crônica, auxiliando o manejo clínico com a indicação do tratamento probiótico ou antibiótico adequado.

Se por um lado há bactérias que causam mal ao sistema reprodutor feminino, existe um grupo de bactérias que podem ser benéficas. Hoje sabemos que as bactérias normalmente encontradas no endométrio fazem parte de uma 8. Infecções flora normal (ou microbiomaI). Sua presença não causa endometrite, mas protege contra bactérias patogênicas. Entre as bactérias benéficas estão os lactobacilos (Lactobacillus acidophilus, L. bulgaricus, L. reuteri, L. Gasseri, L. Iners, L. Crispatus, L. Jenseni, L. plantarum, L. casei, B. bifidus) S. salivarius, S. thermophilus e Saccharomyces boulardii.

Apesar de não haver estudos relacionando o microbioma uterino com abortos de repetição, sua avaliação pode ter benefício em casos de abortos inexplicados e pode ser realizada por meio do Teste EMMA (análise metagenômica do microbioma endometrial). Esse exame identifica a porcentagem de Lactobacilos e outras bactérias. Se o endométrio não é dominante em Lactobacilos, o tratamento com probióticos pode ser benéfico.

Este texto foi extraído do e-book “Abortos podem ser Evitados”.
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