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Qualidade de Vida

Nos dias atuais ouve-se muito falar sobre qualidade de vida. Historicamente, após a Segunda Guerra Mundial, em decorrência do crescimento e desenvolvimento econômico, os bens materiais passaram a representar a “melhor condição de vida”. Um presidente dos Estados Unidos, Lyndon Johnson, foi quem pela primeira vez, em 1964, usou a expressão “qualidade de vida”, ao declarar que “os objetivos não podem ser medidos pelos balancetes bancários. Mas pela qualidade de vida que proporcionam às pessoas”. Esta afirmação nos tumultuados anos 60 é ainda válida em nossos dias, já que nem sempre ser rico, ter poder significa ser feliz, pois que a felicidade varia de indivíduo para indivíduo. Nos anos 70, o norte-americano Hetler sugeriu um quadro referencial para a qualidade de vida e afirmou que nós, seres humanos, necessitamos de uma vida que seja resultado da união de seis importantes dimensões:

  1. valores espirituais e éticos;
  2. equilíbrio emocional;
  3. ambiente social familiar e comunitário;
  4. desafio intelectual;
  5. ocupação vocacional;
  6. 6) condicionamento físico e nutrição.

Uma vez que o ser humano carrega consigo, conforme a sua visão de felicidade, muitos outros elementos próprios de cada um. Logo, a qualidade de vida não implica somente o poder material, mas é primordialmente a interação do material com o subjetivo, ou melhor, do físico com a satisfação subjetiva, enfim, a plenitude emocional de cada ser.

O interesse em conceitos como “padrão de vida” e “qualidade de vida” foi de início partilhado por cientistas sociais, filósofos e políticos. Atualmente, porém, com o crescente desenvolvimento tecnológico da Medicina e ciências afins, nos deparamos com uma desumanização cada vez mais acentuada.

Conseqüentemente, hoje há uma preocupação maior em definir “qualidade de vida”, pois encerra um movimento dentro das ciências humanas e biológicas no sentido de valorizar parâmetros mais amplos do que controlar sintomas, como a diminuição da mortalidade ou o aumento da expectativa de vida. Preocupamo-nos em procurar da melhor maneira possível “viver bem”, visto que desde o começo da vida lutamos pela sobrevivência.

Mais recentemente, Nahas, um autor brasileiro, propôs o chamado “Pentágono do Bem-Estar”, composto de:

  1. nutrição adequada;
  2. atividade física;
  3. comportamento preventivo;
  4. relacionamento social;
  5. controle do estresse.

Contamos com uma natureza que nos presenteia sempre e acolhe com benefícios, aos quais muitas vezes respondemos com destruição. O corpo humano é completo, complexo e perfeito como um quebra-cabeça. De fato, com ele podemos fazer uso de emoções, de sentimentos, de sensações e prazeres. Tudo é feito para funcionar em perfeita sintonia celular: tecidos, órgãos e sistemas. Cabe a nós o livre-arbítrio de escolher qual caminho seguir. Mudanças no estilo de vida e de comportamento diante das circunstâncias do dia-a-dia são fundamentais para alterar qualquer situação. Sugiremos a você uma mudança de comportamento e estilo de vida para que viva com mais qualidade e saúde. Comece bem devagar, sinta vontade de se exercitar, mentalize que isto vai ajudar a ativar a circulação sanguínea, eliminar os resíduos que acabam danificando as células do corpo; pratique exercícios físicos ou caminhe meia hora por dia.

Nossa finalidade é melhorar o bem-estar físico, mental e espiritual. Se você conseguir perder alguns quilos, poderá evitar males ou preveni-los. Podemos afirmar que a falta de atividade física e a vida sedentária são fatores de risco para o desenvolvimento ou progressão de doenças coronárias e eventos cardiovasculares adversos, levando inclusive à morte. Tenha também uma alimentação regrada. A mudança de hábitos alimentares (menos gordura, mais vitaminas C e E), uma dieta rica em leite e seus derivados, evitar o álcool e o tabaco, dormir o tempo suficiente sempre que puder, é fundamental para se ter uma vida sadia.

Qualidade de vida é justamente isto: viver bem o hoje, curtir tudo que a vida oferece e comemorar todos os dias, ser e estar feliz. O que lhe traz uma boa qualidade de vida é o que você é, não o que você tem. “Aprenda e tente viver bem com o suficiente.” “Qualidade de vida é uma variável resultante do desenvolvimento pessoal e coletivo, dependente de vários fatores, que determina nossa capacidade de produzir resultados, ser feliz e saudável.”

Na literatura médica as expressões: condições de saúde, funcionamento social e qualidade de vida têm sido usadas como palavras de mesmo significado. A própria definição de qualidade de vida não consta da maioria dos artigos que utilizam ou propõem meios para sua avaliação. Qualidade de vida relacionada com a saúde (“Health-related quality of life”) e estado subjetivo de saúde (“Subjective health status”) são conceitos semelhantes determinados pela avaliação do próprio paciente, mas necessariamente ligados ao impacto do estado de saúde sobre a capacidade de o indivíduo viver plenamente. Consideramos que o termo qualidade de vida é ma
is geral e inclui uma maior variedade potencial de condições que podem atingir a percepção do indivíduo, os sentimentos e comportamentos relacionados com o seu funcionamento diário, incluindo, mas não se limitando à sua condição de saúde e às intervenções médicas.

Assim, a avaliação da qualidade de vida foi acrescentada nos ensaios clínicos escolhidos por acaso como a terceira dimensão a ser avaliada, além da eficácia, ou seja, resultado esperado (modificação da doença pelo efeito da droga) e da segurança (reação adversa a drogas). A oncologia é a especialidade que, por excelência, se vê cortejada com a necessidade de avaliar as condições de vida dos pacientes que têm sua sobrevida aumentada com os tratamentos propostos, já que muitas vezes, na busca de acrescentar “anos à vida”, deixa de lado a necessidade de acrescentar “vida aos anos”.

Na última década houve uma proliferação de instrumentos de avaliação de qualidade de vida e afins, a maioria desenvolvida nos Estados Unidos, com um crescente interesse em traduzi-los para aplicação em outras culturas. O instrumento de avaliação foi totalmente contestado. Alguns autores criticaram a possibilidade de o conceito de qualidade de vida poder não estar ligado à cultura, embora, em um nível abstrato, outros considerassem a existência de uma “cultura universal” de qualidade de vida, quer dizer, independentemente de nação, cultura ou época, é imperioso que as pessoas estejam bem psicologicamente, possuam boas condições físicas e se sintam socialmente integradas e funcionalmente competentes. A busca de um instrumento que avaliasse qualidade de vida dentro de uma perspectiva genuinamente internacional fez com que a Organização Mundial da Saúde organizasse um projeto colaborativo multicêntrico. Isto está sendo determinado em todas as pesquisas clínicas que envolvem seres humanos, mediante a utilização de questionários de avaliação de qualidade de vida. Lembrem-se:

Não pensem no passado que era bom, mas olhem para o futuro que lhe sorri.

Qualidade de vida é cuidar do corpo ativamente, da mente, pois isto permite ter sempre uma perspectiva melhor de vida, uma administração mais lúdica dos problemas de modo a que se doe um pouco de felicidade a cada momento.

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