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Novo exame aumenta chances de gravidez

Pesquisa de polimorfismo no Gene do Receptor do hormônio Folículo Estimulante (FSHR) está relacionada com resposta individual às medicações indutoras da ovulação em pacientes que serão submetidas a fertilização in vitro.

Pessoas são diferentes umas das outras e alguns estudos têm demonstrado que as variações genéticas entre as mulheres interferem na resposta à estimulação hormonal e, consequentemente, na produção dos óvulos (oócitos) durante os tratamentos de infertilidade.

A PESQUISA DE POLIMORFISMOS DO RECEPTOR DE FSH (FSHR) é um exame de sangue que auxilia a estimar a resposta individual ao tratamento de estimulação ovariana e na escolha do protocolo mais efetivo para cada mulher. O resultado do exame mostra qual gene a mulher expressa. Dependendo do genótipo (composição genética de um indivíduo), a medicação ideal será  indicada para cada paciente. Este exame permite individualizar ainda mais os protocolos de estimulação baseando-se  no perfil genético da paciente.

Lembramos aqui que os genes são as unidades fundamentais da hereditariedade e são constituídos basicamente de DNA,  uma molécula, composta de sequencias complexas de nucleotídeos. Polimorfismos genéticos são variações genéticas nessas sequencias que ocorrem na população de forma estável, sendo encontradas com frequência de 1% ou superior.

O gene do Receptor do Hormônio Folículos Estimulante (FSHR) tem um papel chave na função ovariana. Variações deste gene (polimorfismos) podem ter relação direta com a escolha da medicação ideal para a paciente,  interferindo nos  resultados dos tratamentos de infertilidade .

Em um ciclo de fertilização in vitro (FIV), normalmente utiliza-se uma estimulação ovariana para se obter um desenvolvimento folicular múltiplo e, assim, conseguir uma quantidade mínima de óvulos que formem pelo menos um embrião de boa qualidade, de preferência blastocisto. Entretanto, uma parcela das mulheres submetidas a um ciclo de FIV  recrutam um número pequeno de folículos (Más respondedoras ) e de má qualidade impedindo que se alcance o sucesso desejado de uma gravidez.

 Muitos protocolos e terapias adjuvantes já foram propostos para o tratamento com resultados controversos na literatura.

Uma das grandes dificuldades de avaliação dos reais benefícios das diferentes condutas propostas é o fato de os estudos serem muito heterogêneos, dificultando meta-análises.

Existem várias opções de drogas indutoras da ovulação, entre elas o FSH urinário – HP-FSH purificado e ultrapurificado (Fostimon e Menopur)  e o FSH recombinante – r-FSH ( Gonal , Puregon, Elonva e Pergoveris). Todas elas têm suas indicações e resultados satisfatórios na indução da ovulação. Porém, nem sempre é fácil a decisão de qual será o melhor medicamento para uma determinada paciente.

De acordo com o genótipo da paciente  (isto é, o perfil genético do gene para este receptor), o perfil na PESQUISA DE POLIMORFISMOS DO GENE RECEPTOR DE FSH varia conforme a posição dos amioácidos Aspargina ( denominado pela letra” N”) e Serina ( denominado pela letra “S”) em relação a posição 680 da proteina pode ser: SS, NS e NN.

 Genótipo SS: Serina680Serina ou Ser680Ser – responde melhor a HP-FSH

Genótipo NS: Aspargina680Serina ou Asp680Ser – responde melhor a r-FSH

Genótipo NN: Aspargina680 Aspargina ou Asp680 Asp – responde igual

As pacientes com genótipo SS  responderam melhor com o FSH purificado HP-FSH, enquanto que as pacientes com genótipo NS obtiveram mais óvulos com o uso do FSH r r-FSH (Gonal, Puregon e Elonva). No grupo de pacientes com genótipo NN, não houve diferença.  Além disso, observou-se que o genótipo SS precisa de uma dosagem de medicação maior que os outros genótipos.

Com isto, é possível individualizar os tratamentos para que, desde a primeira fertilização que a paciente se submeter, saibamos a melhor opção  de medicamentos , minimizando os custos, oferecendo um prognóstico mais direcionado e um resultado mais rápido.

IMPORTANTE: a PESQUISA DE POLIMORFISMOS DO GENE RECEPTOR DE FSH é um critério para nortear a escolha da melhor medicação para a estimulação dos ovários, mas não garante estes resultados. Só é recomendada após uma investigação criteriosa da saúde reprodutiva da paciente, principalmente os exames que avaliam a reserva ovariana como FSH ( 3ºdia), contagem dos folículos antrais e Hormônio antimulleriano(AMH).

Referências

  • 1. Lledó, Belén; Dapena, Patricia; Ortiz, Jose A.; Morales, Ruth; Llacer, Joaquín; Bernabeu, Rafael. Clinical efficacy of recombinant versus highly purified follicle-stimulating hormone according to follicle-stimulating hormone receptor genotype. Pharmacogenetics and Genomics 2016.
  • 2. Belen Lledoa, Jaime Guerrerob, Azahara Turienzoa, Jose A. Ortiza, Ruth Moralesa, Jorge Tenb, Joaquin Llacerb and Rafael Bernabeu. Effect of follicle-stimulating hormone receptor N680S polymorphism on the efficacy of follicle-stimulating hormone stimulation on donor ovarian response. Pharmacogenetics and Genomics 2013.
  • 3. Huilin Tang1 & Yingying Yan1 & Tiansheng Wang2 & Ting Zhang1 & Weilong Shi 1 & Rong Fan1 & Yao Yao3 & Suodi Zhai. Effect of follicle-stimulating hormone receptor Asn680Ser polymorphism on the outcomes of controlled ovarian hyperstimulation: an updated meta-analysis of 16 cohort studies. J Assist Reprod Genet (2015) 32:1801–1810
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