A decisão de um determinado tratamento para os casais com infertilidade não exige só um conhecimento médico técnico, mas também um envolvimento do profissional com o universo da vida do casal em questão. Esses casais geralmente estão frustrados pelo fracasso de um planejamento de uma futura família com filhos e não imaginavam que isso poderia ter dificuldades.
Assim, o médico ginecologista que atende a paciente deve ser sensível a essas frustrações e ajudar o casal na escolha do melhor caminho, ponderando as possibilidades de tratamentos. Não há dúvida na escolha quando existe um fator masculino grave ou obstrução tubária. Nesses casos, a FIV é o tratamento de escolha. Entretanto, em outros casos, muitas vezes, existe mais de uma alternativa para um mesmo objetivo. Quando isso acontece, o casal deve ser alertado quanto às chances de cada uma das possibilidades, levando-se sempre em consideração a idade da mulher.
Apesar de não ser uma condição absoluta, em pacientes com idade avançada há uma tendência de partirmos diretamente para a FIV, independente do caso, uma vez que as chances de sucesso com baixa complexidade (coito programado) ou média complexidade (inseminação intrauterina) são baixas (menores que 5% por tentativa).
Este texto foi extraído do e-book “Mulheres Maduras”.
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