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Adenomiose e o aborto

A adenomiose é uma patologia uterina relacionada com a Endometriose, caracterizada pela presença de glândulas e estroma endometrial no miométrio (camada muscular do útero), podendo levar a hipertrofia das fibras musculares, com aumento do volume uterino.

A Adenomiose pode ser focal ou difusa, e, quando difusa, pode tornar o útero mais volumoso e pesado. A doença é comumente encontrada em multíparas entre 35 e 50 anos, mas estudos recentes mostram sua associação com infertilidade, falhas de implantação e abortos recorrentes.

Clinicamente, a Adenomiose causa menorragia (aumento do fluxo menstrual), dismenorreia (cólicas) e dor pélvica crônica. Sua causa ainda é desconhecida.

A Ressonância Magnética da pelve é o exame padrão ouro para o diagnóstico, com 90 de taxa de especificidade e sensibilidade, mas uma Ultrassonografia Endovaginal boa resolução realizada por profissionais especializados nesta área, também pode ser utilizada para diagnóstico. Mulheres que apresentam a zona juncional entre o endométrio e miométrio acima de 8mm são diagnosticadas com a doença.

O mecanismo exato da associação de Adenomiose e infertilidade ainda não está claro. Estudos mostram sua associação com as falhas de implantação e aumento no risco de abortos em mulheres submetidas a tratamento de Fertilização in Vitro. Estudos multicêntricos apontam para um mecanismo autoimune no processo, devido ao aumento de macrófagos (CD163) e células NK (CD 56) no endométrio de mulheres com Adenomiose.

Pacientes com Adenomiose se beneficiam com “Ultra Down Regulation” por 2-6 meses, isto é, a mulher recebe os medicamentos agonistas de depósito ( Lectrum, Lupron Depot ou Zoladex) antes do início do preparo do útero para a transferência dos embriões. O tempo de tratamento vai depender do grau de comprometimento do útero.

Atualmente, o IPGO recomenda o exame de Ultrassom com preparo intestinal para que se avalie também a Endometriose que, frequentemente, está associada à Adenomiose. A partir desse exame, a Adenomiose é considerada grave quando compromete mais do que 50% do miométrio.

Este texto foi extraído do e-book “Abortos podem ser Evitados”.
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