Três meses antes, a futura grávida deverá tomar ácido fólico. São necessários 400 microgramas (0,4 mg) de ácido fólico por dia e ele pode ser encontrado em alimentos como os vegetais de folhas verdes, nozes, feijão, cereais matinais fortificados, legumes, frutas como laranjas, melão e banana, grãos, leite e carnes de órgãos (como fígado de frango), além de alguns suplementos vitamínicos. O ácido fólico ajuda a reduzir o risco de defeitos congênitos do tubo neural. Mulheres que não recebem ácido fólico suficiente durante a gravidez têm mais probabilidade de ter um bebê com alterações encefálicas ou na medula espinhal. É importante tomar ácido fólico antes de engravidar, porque esses problemas se desenvolvem muito cedo na gravidez – apenas três a quatro semanas após a concepção. Cada vez mais tem se optado por substituir a suplementação de ácido fólico por metilfolato, a forma ativa do ácido fólico. Quando ingerimos o ácido fólico, este deve ser convertido em metilfolato para agir no organismo. Entretanto, algumas mulheres tem menor atividade da enzima MTHFR, que metaboliza o ácido fólico, podendo ter produção insuficiente de metilfolato. É o caso das mulheres com mutação da MTHFR, condição presente em até 60% da população. Portanto, preferimos suplementar diretamente o metilfolato (0,4 mg) por dia.
As vitaminas C e E, por suas ações antioxidantes, também contribuem para a diminuição do risco de anomalias cromossômicas, além de promover a melhora da fertilidade feminina e masculina. O IPGO recomenda para todo casal infértil o uso de vitamina C e E durante todo tratamento (Quadro 10).
QUADRO 10. RECOMENDAÇÃO DO IPGO PARA SUPLEMENTAÇÃO VITAMÍNICA DO CASAL INFÉRTIL
Este texto foi extraído do e-book “Pesquisa da Fertilidade para Homens e Mulheres”.
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