A cólica menstrual, conhecida também como dismenorréia, é a dor na localização pélvica, no ventre, que ocorre pouco antes ou pouco depois do período menstrual. A dor pode ser leve ou moderada, acompanhada de diarréia, cefaléia e mal-estar, ou ainda forte, incapacitando a mulher de realizar suas atividades normais, por dois até sete dias. Muitas apresentam estes sintomas com tal intensidade que as obrigam a faltar ao trabalho, a estudos e atividades de lazer, prejudicando assim a sua qualidade de vida e bem-estar.
A dismenorréia pode ser classificada em primária e secundária.
Primária: é a menstruação dolorosa sem lesões e alterações em órgãos pélvicos. Geralmente é de natureza desconhecida, e ocorre logo após as primeiras menstruações, diminuindo a intensidade da dor e outros sintomas em torno dos 20 anos de idade ou na gravidez. As dores são causadas pelas contrações uterinas promovidas por substâncias produzidas pelo próprio organismo, chamadas prostaglandinas.
Secundária: ocorre principalmente após dois anos da primeira menstruação, e está relacionada a algumas alterações dos órgãos localizados na pelve, como miomas uterinos, infecção pélvica, endometriose, alterações no formato do útero e uso de DIU (Dispositivo Intrauterino) entre outros. A dor pode durar até os últimos dias do fluxo menstrual.
O diagnóstico é feito pela história clínica da paciente, exame ginecológico e alguns exames complementares, como ultrassom transvaginal, dosagem de hormônios e marcadores que podem sugerir a presença da endometriose. Tratamento
Para o tratamento da dismenorréia primária devem ser indicados exercícios físicos cotidianos (pelo menos fazer caminhadas diárias), e pode ser usado antiinflamatório tomado um pouco antes e durante toda a menstruação. Podem ainda ser usados anticoncepcionais. Atualmente, implantes hormonais que impedem o ciclo menstrual podem ser uma alternativa interessante. Uma dieta com menos gordura animal e mais fibras também pode ajudar. Para o alívio da dor, coloque uma bolsa de água quente no baixo ventre e faça massagens. Na secundária são utilizadas as mesmas medidas citadas acima, mas deve-se ainda fazer um tratamento direcionado à causa da dor, seja para endometriose, infecção pélvica ou presença do DIU, entre outros.