“Amamentar, é uma ciência, uma arte, um ato de amor”
Queremos aproveitar esse capítulo para refletir sobre a importância de amamentar os filhos, e as inúmeras vantagens do insubstituível leite humano. Através de informações simples, pretendemos incentivar a arte de dar o seio, que é uma prova de amor visível entre a mãe e o seu filho. Ato simples de mútuo prazer e exclusivo de mãe e filho, inerente a todos os mamíferos, que, infelizmente, tem sido deixado de lado com justificativas vazias e mitos que ainda persistem, em pleno século XXI, apesar de tanta informação.
LEITE MATERNO
Dar leite é dar amor…
O leite materno é o alimento ideal. Diminui a mortalidade infantil e melhora a qualidade de vida dos bebês, evita desnutrição, é uma verdadeira vacina contra as infecções.
Melhorar a qualidade de vida das crianças e evitar os grandes males que mais matam no mundo: obesidade, diabetes, hipertensão e arteriosclerose (infarto e derrame), que podemos prevenir com aleitamento exclusivo por 6 meses (nem mesmo água ou chá são oferecidos).
As crianças desmamadas precocemente, e que tomam mamadeiras, mesmo quando bem cuidadas estão sujeitas a uma quantidade muito maior de cáries, defeitos da fala, defeitos ortodônticos, diarreias (desidratação), infecções respiratórias, pneumonias, alergias gastrointestinais, otites e alergias.
O primeiro leite, também chamado colostro, é muito parecido com parte do sangue materno (plasma), daí o leite materno ser chamado de sangue branco.
A MAMA QUE PRODUZ O LEITE
Dar leite é dar amor…
As teorias freudianas, que introduzem a amamentação como componente do desenvolvimento físico-psicológico integral, e os movimentos feministas apontam para uma representação social da mama como objeto de sedução e de prazer, enquanto a crescente participação da mulher no mercado de trabalho cria justificativas para abreviar o período de aleitamento.
A influência do modelo de silhueta feminina difundido na nossa cultura ajuda ao repúdio à amamentação, sob pretexto da possível deformação dos contornos da mulher. Vale ressaltar aqui que para a mulher que quer voltar à silhueta que apresentava previamente à gestação, o aleitamento materno é um ótimo aliado. A depender da frequência e quantidade de leite às mamadas, o bebê pode “roubar” da mãe aproximadamente 1000Kcal por dia.
A produção do leite é comandada pelo bebê, no momento em que suga com os lábios, e ordenha comprimindo o seio com a língua e gengivas. Quanto maior o período de sucção maior a produção de leite.
Amamentar é uma arte…
Preparando a mama:
- Mamilo (bico): durante os últimos meses da gravidez, fortalecer a delicada pele do bico do seio para evitar futuras rachaduras e dor na hora da amamentação.
- Faça uma “janelinha” no bojo do sutiã na altura do bico (corte uma rodela do sutiã e costure em volta para evitar que o tecido se desfie). O seio continuará recebendo apoio e o bico fica exposto. Assim, o roçar na roupa fortalece a pele do bico.
- Tome banho de sol “topless” antes das 10h e depois das 16h. Também pode-se fazer banho de luz com lâmpada de 40 watts a um palmo de distância, durante 10 minutos de cada lado, uma vez ao dia.
- Exercícios para fortalecer o bico: puxar para fora o máximo possível sem provocar dor, imitando o movimento de sucção do bebê, repetir de 10 a 20 vezes e ir aumentando até 50 vezes por dia em cada seio. É bom passar um óleo ou creme nas mãos antes de realizar os exercícios com o bico do seio.
- Para bico plano ou invertido, existem exercícios especiais: com os dedos polegar e indicador, tracione a pele da aréola, puxe para os lados e depois para cima e para baixo, ao mesmo tempo.
Apesar de conhecer todos os benefícios do aleitamento materno e de se esforçar para que ele aconteça, algumas mulheres apresentam muita dificuldade em realiza-lo. E tudo bem também. Amamentar não é fácil. Algumas vezes é necessário um aconselhamento de aleitamento com profissional especializado. Raras vezes não será possível amamentar. E tudo bem também. É importante não se sentir culpada e nem se considerar menos mãe por não conseguir amamentar seu filho. Há substitutos eficientes para o aleitamento e o que realmente importa é o amor e a dedicação aos filhos.