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Fator masculino e as alterações embrionárias

O fator masculino também pode ser responsável pela má qualidade embrionária. Além da repetição do Espermograma, outros exames poderão ser realizados ou refeitos.

Fragmentação do DNA dos Espermatozoides

Exame que tem sido indicado recentemente, pois as alterações detectadas reduzem a capacidade reprodutiva dos homens. Ainda não há evidências comprovadas da influência destas alterações nas taxas de gravidez, mas existem indícios dessa relação.

Calcula-se que quando o Índice de Fragmentação for igual ou superior a 30, as taxas de sucesso estarão comprometidas.

A causa mais frequente para esta alteração é o estresse oxidativo causado pelos maus hábitos (cigarro, álcool, etc.) e obesidade, entre outros. Além da orientação ao paciente em condicionar de forma saudável seu estilo de vida, as vitaminas C e E poderão solucionar o problema. Por isto, não custa nada, antes de iniciar qualquer tratamento de infertilidade, sugerir uma rotina de vida fundamentada em bons hábitos.

A técnica do PICSI realizada no laboratório separa os espermatozoides mais fragmentados para que estes não fertilizem os óvulos.

IMSI (Intracytoplasmic Morfologically Select Sperm Injection), ou “Super ICSI”, ou “ICSI de alta magnificação” ou “ICSI magnificado”:

Considerado um dos mais recentes avanços nas técnicas de Fertilização Assistida, é uma nova versão do já conhecido ICSI (Injeção Intracitoplasmática do Espermatozoide). Esse exame é recomendado quando o homem apresenta espermatozoides com alterações importantes na motilidade, morfologia, altas taxas de fragmentação do DNA e presença de vacúolos, além de abortos repetidos. O conjunto dessas alterações é denominado pela sigla em inglês MSOME (Motile Sperm Organellar Morphology Examination).

O IMSI utiliza sistema ótico chamado “contraste de fase interferencial”, com objetiva de maior poder de ampliação eletrônica das imagens, possibilitando observar os espermatozoides em mais detalhes, detectar seus defeitos e selecionar os melhores, pois são aumentados em até 12 mil vezes. O ICSI convencional, para termos comparativos, aumenta só 400 vezes. Existem perspectivas de que, no futuro, um microscópio potente poderá separar os espermatozoides saudáveis daqueles comprometidos para que só esses sejam introduzidos no óvulo, mas isso é ainda uma promessa distante da realidade atual.

HPV no sêmen

A associação entre HPV no sêmen e a infertilidade masculina tem sido demonstrada em alguns estudos científicos. Apesar das variáveis entre esses estudos, todos demonstraram maior prevalência do vírus no sêmen de homens inférteis, sugerindo que o HPV possa contribuir para a infertilidade. As amostras desses homens apontam espermatozoides com diminuição na motilidade, aumento na fragmentação do DNA e concentração aumentada de anticorpos antiespermatozoides no fluido seminal, o que leva ao questionamento se essa redução na motilidade não se deve a um mecanismo imunológico pela presença desses anticorpos na superfície do espermatozoide, o que estaria associado à infertilidade e a abortos (Yang, Foresta, et al).

Um outro estudo demonstrou que em 72% de homens inférteis com HPV no sêmen, o vírus foi encontrado na cabeça do espermatozoide, levantando a possibilidade do espermatozoide carregar o genoma viral para dentro do óvulo durante a concepção tanto natural quanto em laboratório. Em ciclos de FIV (Garolla et al), a queda foi de 40,8% (sem HPV) para 8,2% (com HPV). Foi visto ainda que, nesses casos de FIV, a presença do HPV esteve associada a uma redução no desenvolvimento embrionário precoce, com menor taxa de formação de blastocisto (embrião com 5 dias de desenvolvimento), o que explica a maior taxa de aborto nestes ciclos (62.5% em infectados vs. 16.7%, quando sêmen sem HPV). Um estudo prévio desse mesmo grupo já havia demonstrado uma alta taxa de aborto (66,7%) em casais que fazem FIV e têm HPV presente no sêmen. Outro estudo apresentado no Congresso Europeu de Reprodução (ESHRE – Helsinque, 2016), avaliou 117 casais com falhas de implantação e demonstrou taxas de aborto maiores no grupo com HPV (33,3% vs 10,2%).

Este texto foi extraído do e-book “Como aumentar as chances nos tratamentos de Fertilização?”.
Faça o download gratuitamente do e-book completo clicando no botão abaixo:

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