Os estudos que avaliam o efeito dos miomas na fertilidade ainda são conflitantes, tanto nas taxas de implantação, taxas de gravidez e de nascimento. Entretanto, devemos considerar se a paciente esta tentando engravidar naturalmente ou vai realizar FIV. No caso de tentativas naturais deve ser considerado a idade da mulher, o tempo perdido e histórico de abortos. Miomas submucosos e os intramurais maiores de 5 cm que deformam a cavidade endometrial devem ser retirados, mas os riscos de complicações da cirurgia não devem ser desprezados e as pacientes devem ter a ciência que toda intervenção cirúrgica envolve riscos de complicações.
Embora seja questionável se miomas intramurais menores e que não distorcem a cavidade endometrial prejudicam as taxas de gestação, principalmente nos tratamentos de FIV, recomenda-se que, após dois ou três tratamentos de FIV sem sucesso, estes miomas devam ser extraídos. O exame Ressonância Magnética Cine Mode Display também pode ser utilizada para se tomar esta decisão.
Uma opção, nos casos de FIV, é uso de análogo do GnRH ou acetato de ulipristal de 3 a 6 meses antes da transferência embrionária. Com isso, pode haver diminuição dos miomas e aumentar a chance de gravidez, principalmente em mulheres com múltiplos miomas, cuja cirurgia apresenta risco de perda uterina. Em pacientes com miomas e aumento das contrações uterinas, uso de atosiban durante a transfer6encia também pode ser benéfico.
Este texto foi extraído do e-book “Miomas Uterinos e a Infertilidade”.
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