Uma técnica que ajuda a aumentar as chances de gravidez
A infertilidade, definida pelos médicos como a incapacidade de conceber após pelo menos um ano de tentativas, aos poucos, começa a ser um tema discutido abertamente. Estima-se que 15% dos casais após tentarem a gravidez pelos métodos naturais irão precisar de assistência médica especializada. Uma boa notícia para estes casais são os novos avanços tecnológicos na área. Um dos mais recentes é “o Super ICSI” ou “ICSI de alta magnificação” uma nova versão do já conhecido ICSI (Injeção Intracifoplasmatica do Espermatozoide), técnica esta que vem sendo utilizada desde 1992 e indicada para casais com infertilidade masculina como, por exemplo, baixa quantidade de espermatozoides ou maridos com vasectomia.
Segundo Dr. Arnaldo Cambiaghi o “Super ICSI” utiliza um sistema ótico chamado “contraste de fase interferencial” que apresenta objetivas de maior poder de ampliação eletrônica das imagens, podendo observar os espermatozoides em detalhes, detectar seus defeitos e selecionar os melhores, pois são aumentados em até 8000 vezes. O ICSI convencional aumenta só 400 vezes. “Até hoje, o ICSI convencional não era capaz de identificar, com precisão os espermatozoides com maior capacidade de fertilização, pois, muitos deles, por terem algumas alterações no seu formato (morfologia alterada) ou no DNA (fragmentações do DNA), formavam embriões de má qualidade e o consequente insucesso da Fertilização in vitro”, explica o médico.
O “Super ICSI” é indicado principalmente para casais cujo homem tem alterações importantes da morfologia dos espermatozóides, insucesso em tratamentos anteriores de Fertilização in Vitro, altas taxas de fragmentação de espermatozóides e abortos repetidos. “Com esta técnica espera-se que a taxa de gravidez, que nestes casos podem estar abaixo do esperado, possam alcançar valores próximas a 60%, dependendo da idade da mulher”, finaliza Cambiaghi.