A adenomiose é uma doença frequentemente assintomática, porém pode manifestar-se como hemorragia uterina anormal e dismenorreia (cólica), com um grande impacto na qualidade de vida. Até recentemente, todo o conhecimento sobre a origem e o mecanismo da doença provinha de mulheres mais velhas que eram submetidas a histerectomia por hemorragia uterina anormal ou cólicas importantes que justificavam este procedimento. Atualmente, é diagnosticada cada vez mais precocemente e o conhecimento sobre esta patologia tem crescido exponencialmente e cada vez mais tem sido associada com a infertilidade, uma problemática crescente e com grande impacto.
A adenomiose parece alterar uma série de fatores que podem conduzir à infertilidade, contudo não se sabe ainda qual o processo inicial que conduz a esta cascata de alterações. Não está explicado o porquê de algumas mulheres terem a sua fertilidade afetada enquanto noutras esta está preservada.
O tratamento da infertilidade associada à doença constitui um desafio, não existindo ainda consenso sobre qual a melhor forma de lidar com a doença sintomática, principalmente nas mulheres inférteis e que ainda pretendem engravidar. Aqui, o objetivo não passa apenas por tratar a doença, mas também por manter/estimular a fertilidade.
Relativamente às opções cirúrgicas o principal objetivo é retirar a maior quantidade da lesão, de forma segura, assegurando a reconstrução e integridade do útero. Nas mulheres que pretendam engravidar as técnicas de reprodução assistida parecem ser uma opção com resultados satisfatórios.
Este texto foi extraído do e-book “Guia da Adenomiose”.
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