Navegue pelo conteúdo do Post

Introdução: A realidade dos tempos modernos

Um dos maiores problemas da fertilidade feminina é que a média de idade das mulheres que engravidam vem aumentando a cada ano. Se em um passado próximo, o início da maternidade era aos vinte, hoje, a média de idade do primeiro filho supera os trinta, com tendência a aumentar. Atualmente, observa-se que um em cada cinco nascimentos é de mulheres com idade superior a 35 anos.

Muitas razões provocaram esta evolução que se iniciou há algumas décadas quando as mulheres passaram a ter opções para o controle de natalidade. Controle esse que suas mães e avós não tiveram, pois não podiam determinar a época desejada de gravidez usando métodos anticoncepcionais de hoje, totalmente reversíveis.

Desde esta época, a mulher passou a adiar a gestação e perseguir um status profissional na carreira desejada.

Média de Idade Materna no Nascimento do Primeiro Filho

Fonte: Sobotka T, Beaujouan É. Late Motherhood in Low-Fertility Countries: Reproductive Intentions, Trends and Consequences. IN: Stoop D. (Ed.). Preventing Age Related Fertility Loss. Cham: Springer International Publishing, 2018. p. 11–29.

Entretanto tudo isto pode ter um preço alto, uma vez que estimula os casais a buscarem seu primeiro filho numa fase de declínio da fertilidade quando ocorre o envelhecimento ovariano. Muitas mulheres, com uma idade mais avançada, mantêm uma aparência física jovial, mas o mesmo não acontece com os ovários e os óvulos. Os ovários refletem a idade cronológica da mulher. Não importa o quanto jovem ela pareça, os óvulos envelhecem com o passar dos anos.

O envelhecimento ovariano pode ser definido como a perda da saúde reprodutiva dos ovários e óvulos (oócitos) e está associado a um declínio no número de folículos ovarianos (também conhecido como reserva ovariana). Os hormônios tornam-se insuficientes, falta ovulação, diminui a fertilidade, as menstruações se tornam irregulares, depois escassas, vão cessando gradualmente e, finalmente, desaparecem completamente de forma irreversível. Este fenômeno é conhecido como menopausa e geralmente ocorre em uma idade média de 51 anos.

Em circunstâncias normais, a diminuição acentuada da função ovariana começa entre 45 e 50 anos de idade. Se a mulher tiver esta perda aos 40 anos, clinicamente chamamos de envelhecimento precoce do ovário ou insuficiência ovariana. O ovário começa a não funcionar adequadamente tanto como órgão endócrino quanto como um órgão reprodutivo. Isto é o envelhecimento ovariano prematuro. Após os 45 é esperado declínio natural da função ovariana, o que é chamado de perimenopausa ou a transição da menopausa.

As mulheres não fazem novos óvulos após o nascimento. A reserva ovariana decresce com a idade. O grau de declínio varia de mulher para mulher, mas, em geral, este envelhecimento começa após os 35 anos e permanece de forma contínua até a menopausa. Entretanto, para algumas mulheres a fertilidade já começa a diminuir a partir dos 30 anos.

Um conceito de envelhecimento ovariano precoce tem sido estudado e sugere que algumas mulheres terão problemas de fecundidade em uma idade precoce. Várias hipóteses têm sido examinadas com base na literatura existente. A idade média da menopausa tem permanecido relativamente constante ao longo dos tempos. Este fenômeno é largamente controlado por fatores genéticos, mas existem algumas influências ambientais, como o hábito de fumar, que provoca uma antecipação da menopausa em até 4 anos. Um estudo prospectivo demonstrou que a idade média da perimenopausa era 47,5 anos (definida pela irregularidade do ciclo) e a idade média da menopausa, 51,3 anos.

Queda da Taxa de Fertilidade de Acordo com a Idade da Mulher

Idade Materna (anos) Chances de Gravidez (%)
Até 25 anos
25 à 30 anos (-) 4%
30 à 35 anos (-) 19%
35 à 40 anos (-) 40%
> 40 anos (-) 95%

Queda da Taxa de Fertilidade de acordo com a idade da paciente comparando com pacientes cm menos de 25 anos (valores e estatísticas que se aplicam às mulheres de uma maneira geral, podendo haver grandes variações de mulher para mulher).

Fontes: Tognotti, E. e Pinotti, J.A. A Esterilidade Conjugal na Prática da Propedêutica Básica à Reprodução Humana – Editora Roca Febrasgo.

Este texto foi extraído do e-book “Mulheres Maduras”.
Faça o download gratuitamente do e-book completo clicando no botão abaixo:

Compartilhe:
Share on whatsapp
Share on facebook
Share on twitter
Share on telegram
Share on linkedin

Tem alguma dúvida sobre esse assunto?

Envie a sua pergunta sobre assunto que eu responderei o mais breve possível!

Tem alguma dúvida sobre esse assunto?

Envie a sua pergunta sobre assunto que eu responderei o mais breve possível!

Posts Recentes:
Newsletter
Para mais informações entre em contato com o IPGO

Fale conosco por WhatsApp, e-mail ou telefone

Inscreva-se na nossa newsletter e fique por dentro de tudo!