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CLASSIFICAÇÃO ANATÔMICA DOS MIOMAS

Os miomas podem ser classificados segundo a sua localização anatômica, relativamente às camadas musculares uterinas. Existem três tipos de miomas, de acordo com a localização:

• Intramurais (75%): localizados predominantemente na camada miometrial.
• Subserosos (20%): localizados logo abaixo da serosa (membrana que reveste externamente o
útero).
• Submucosos (5%): localizados abaixo do endométrio (tecido que reveste internamente o
útero), com projeção para a cavidade uterina.

Apesar desta classificação ser amplamente usada, é comum que os miomas tenham mais do que uma localização e, embora na maioria dos casos estes se desenvolvam no corpo uterino, existe a possibilidade destes surgirem no colo do útero e no ligamento largo (ligamento lateral ao útero).

Os miomas podem ser únicos ou múltiplos e ser classificados segundo uma outra localização anatômica mais detalhada. Na literatura, podemos encontrar diferentes tipos de classificação atendendo à localização dos miomas. Quando o intuito é essencialmente terapêutico, a classificação da European Society of Gynecologic Endoscopy (ESGE) e da International Federation of Obstetrics and Gynecology (FIGO) permite estabelecer uma estratégia de abordagem mais bem definida (cirúrgica ou clínica). Esta classificação permite um planejamento objetivo da necessidade ou não de um tratamento cirúrgico da paciente, bem como as possíveis dificuldades na resolução do problema e, principalmente, as implicações no comprometimento da fertilidade.

CLASSIFICAÇÃO DOS MIOMAS (FIGO – PALM – COEIN)

Os miomas são habitualmente assintomáticos (>50% dos casos), pelo que, muitas vezes, são achados ocasionais do exame pélvico ou ecográfico. Quando existem, os sintomas relacionam-se com o tamanho, número e localização dos miomas. Os subserosos tendem a causar compressão e distorção anatômica de órgãos adjacentes, os intramurais causam sangramento e dismenorreia, enquanto os submucosos produzem frequentemente sangramentos irregulares e estão mais associados à disfunção reprodutiva.

Este texto foi extraído do e-book “Miomas Uterinos e a Infertilidade”.
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