Esta é uma pergunta que muitas pessoas infelizmente não sabem responder. O não saber é resultado tanto da falta de conhecimento como também dos mitos e tabus que cercam o assunto, transmitidos de geração para geração. Geralmente, a maioria das pessoas confunde a palavra sexualidade com sexo e simplesmente, remete tal significado apenas à relação sexual.
Para respondermos a esta pergunta, poderíamos perfeitamente substituir a palavra Sexualidade por Vida. Ao nascer, entramos em contato com o mundo que nos cerca e percebemos o quanto é importante nos relacionarmos com ele. A sexualidade é uma espécie de energia que nos impulsiona para este contato, constituindo-se no aspecto central da nossa personalidade.
Por ser uma forma especial e profunda de comunicação do indivíduo consigo mesmo e dele com o outro, a sexualidade promove o autoconhecimento e possibilita conhecer este outro, sendo desenvolvida exatamente através da interação social. Este desenvolvimento está estreitamente ligado ao bem-estar do indivíduo, das pessoas que se relacionam com ele e dos outros que estão à sua volta.
Em que a Sexualidade é importante para mulher?
A sociedade, de um modo geral, possui uma visão negativa da sexualidade. Por esta razão, o meio social constitui-se em um ambiente repressor, fazendo valer as normas e regras comuns a todos os seus integrantes. Desta forma, todas as expressões e comportamentos – principalmente o sexual – são regidos por esta cultura de repressão, onde se prevalece o silêncio ou a reprodução de mitos e tabus.
Toda a informação pertinente ao exercício da sexualidade está a serviço do controle da natalidade e/ou da prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. A sexualidade, como instrumento para a busca da felicidade pessoal, ou apenas como uma possibilidade de prazer é colocada de lado, principalmente para muitas mulheres, pois a sexualidade está ligada ao pecado, às questões imorais e sujas.
A mulher e a sexualidade são vítimas da repressão. Todos os mecanismos da repressão recaem sobre elas, com o intuito de perpetuar aquilo que já foi pré-estabelecido há anos atrás por esta sociedade machista de base patriarcal. Cabe à mulher do século XXI não mais sucumbir ao modelo existente, onde ela mesma não possui o próprio arbítrio sobre sua vida, ou melhor, sobre sua sexualidade.