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Opinião do IPGO sobre obesidade e fertilidade

Por tudo isso, embora algumas clínicas de tratamentos da infertilidade tenham a tendência de barrar os tratamentos em mulheres obesas, o IPGO procura cuidar com uma atenção especial esta mulheres (e homens também) focando na adaptação do melhor tratamento para elas. Realiza-se um programa individualizado e customizado. Afinal de contas, dificuldades existem e estamos acostumados a enfrentar casos difíceis como, por exemplo, os tratamentos em mulheres mais velhas, cujas chances de uma gravidez bem sucedida é bastante baixa. A idade não é modificável, mas é possível perder peso com um tratamento médico adequado. Além disso, nem todas as mulheres com sobrepeso ou obesas têm problemas de saúde como diabetes ou pressão arterial elevada, o que significa que os riscos não são maiores do que as mulheres magras com estes tipos de problemas.

Assim, apesar de orientarmos a importância da perda de peso e oferecermos um programa de auxílio neste processo, realizamos tratamentos de reprodução assistida nestas pacientes, mesmo que não tenham perdido peso. Entre os argumentos estão:

  • Muitas pacientes têm muita dificuldade em perder peso. A ansiedade com a infertilidade muitas vezes dificulta ainda mais este processo e muitas não conseguem atingir o peso ideal.
  • A idade é um fator muito importante na chance de sucesso dos tratamentos de reprodução assistida. Quanto maior, menor a chance. Adiar a gravidez, principalmente em pacientes com idade avançada ou baixa reserva ovariana causará mais malefício que um possível benefício que se poderia ter com a perda de peso.
  • Apesar de alguns estudos demonstrarem chances menores de sucesso em pacientes obesas, essa verdade não é absoluta, pois alguns estudos não demonstram esta diferença.
  • Mesmo que consideremos uma menor chance de sucesso e uma dificuldade aumentada nos tratamentos de reprodução assistida, essas pacientes não são intratáveis.
  • Com um pré-natal e controle clínico rigoroso, a gravidez de pacientes obesas tem alta chance de ir bem.

Assim, o IPGO não contraindica o tratamento de reprodução assistida em pacientes obesas, mas orienta a perda de peso, visto os benefícios que podem ser adquiridos com ela. A boa notícia é que mesmo uma modesta perda de peso aumenta substancialmente as taxas de ovulação e gravidez em mulheres obesas que tinham problemas de ovulação. Um estudo com pacientes obesas anovulatórias demonstrou que mesmo uma perda entre 5% e 15% do peso corporal foi associada com a retomada da ovulação, melhor resposta à estimulação ovariana, mais taxa de gravidezes espontâneas e de nascidos vivos além de outros benefícios para a saúde. Mulheres que procuram tratamento de fertilidade devem, portanto, ser aconselhadas e lhe serem oferecidos tratamentos de obesidade estruturados cuja eficiência tem sido demonstrado, incluindo a cirurgia bariátrica (em casos mais graves).

Estudos científicos em grupos de mulheres obesas (IMC > 30) e inférteis têm demonstrado que muitas delas engravidaram quando perderam 10% do peso. Outros benefícios hormonais também são observados com a perda do peso, como a redução da glicemia, andrógenos (hormônios masculinos que também atrapalham a ovulação) e diminuição da resistência à insulina, alteração que está relacionada à anovulação e ovários policísticos, além de menor qualidade ovular.

Este texto foi extraído do e-book “Obesidade e Fertilidade”.
Faça o download gratuitamente do e-book completo clicando no botão abaixo:

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