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Síndrome dos Ovários Policísticos, um mal que prejudica a saúde feminina

“Estima-se que este mal atinge no mundo cerca de 100 milhões de mulheres. No Brasil, segundo o último senso do IBGE de 2000 foi detectado que podem existir 2,5 milhões de mulheres com esta síndrome, cerca de 800 mil mulheres no estado de São Paulo, 300 mil no estado do Rio de Janeiro, 180 mil no estado do Paraná e 400 mil no estado de Minas Gerais.”

Para começarmos a falar sobre este mal que acomete quase 10% das mulheres do mundo precisamos explicá-lo. A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) é uma doença caracterizada por alterações hormonais que podem repercutir no organismo causando vários sintomas. Arnaldo Cambiaghi, médico especialista em reprodução humana como conseqüência, ao invés de se formar um único folículo no ovário, que é um processo natural e normal, formam-se vários que acumulam e não liberam os óvulos; eles não se rompem. Daí o nome “ovários policísticos” que não é alteração orgânica obrigatória nesta síndrome. Existem vários hormônios que participam destas alterações, mas os principais são os androgênios (hormônios masculinos normalmente fabricados pelos ovários, em quantidades pequenas).
“Acredita-se que esta síndrome tenha caráter hereditário e muitas publicações científicas têm confirmado esta possibilidade. Foi observado que filhas e irmãs de mulheres com SOP tem 50% mais de chance de desenvolver este problema. Para diagnosticar é necessário analisar o histórico da paciente com exames clínicos e laboratoriais. As principais características são: a menstruação irregular, o hirsutismo – aparecimento de pêlos em locais onde normalmente não deveriam existir na mulher e o aumento das acnes. Estudos comprovam que 30% das mulheres com SOP têm este sinal”, explica o médico.

A principal complicação desta síndrome é que pode inclusive levar a infertilidade. Devido às alterações hormonais mulheres com SOP passam a ovular menos ou de maneira inadequada, sendo assim podem ter dificuldade em engravidar. Das causas de infertilidade o fator ovulatório ocupa um lugar de destaque e 75% é devido os ovários policísticos. Além disso, essas mulheres têm um alto índice de abortamento. O médico aproveita para lembrar que a SOP não pode ser prevenida, mas quanto mais precoce for o diagnóstico, menor será a chance de complicações futuras. “Já na adolescência podem ser notados os sinais desta síndrome e por isso, além dos fatores hereditários que podem prenunciar o surgimento futuro desta doença (mãe e irmãs), deve-se estar atento à obesidade, à quantidade de pêlos no corpo e ao padrão menstrual alterado, geralmente longo, alterações estas que podem ser notadas pelos pais”, explica Cambiaghi.

Uma vez que entre as causas mais freqüentes de infertilidade está o fator ovulatório e a SOP é a mais comum, conclui-se que o diagnóstico precoce pode evitar as complicações, entre elas a infertilidade. Quanto mais precoce for o diagnóstico, mais fácil será a cura ou o equilíbrio da doença. A Síndrome dos Ovários Policísticos deve ser diagnosticada e tratada já na adolescência devido às complicações reprodutivas, metabólicas e oncológicas que podem estar associadas a ela. O melhor tratamento preventivo é uma dieta alimentar equilibrada e um estilo de vida saudável. Cambiaghi finaliza dizendo que a SOP é uma síndrome complexa que tem como origem mais provável a resistência à insulina. “Por isto o foco do tratamento deve ser o combate a esta alteração. Muitas pesquisas têm sido direcionadas com o objetivo de avaliar outros fatores determinantes como os ambientais e genéticos que poderão ter influência direta nesta doença”, encerra o especialista.

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