O ciclo de doação de óvulos é realizado pela técnica de fertilização in vitro, na qual os gametas femininos (óvulos) da doadora são doados à receptora para que sejam fertilizados.
A doadora é submetida a um ciclo usual de estimulação ovariana para FIV. Como é esperado um número grande de óvulos coletados, as doadoras têm risco aumentado para Síndrome da Hiperestimulação Ovariana (SHO), e, por isso, dá- -se preferência à utilização de protocolo de indução com antagonista do GnRH. Se realmente crescerem muitos folículos (15 ou mais), pode-se optar por substituir o uso de hCG para maturação final dos óvulos por agonista do GnRH, o que praticamente anula a chance da Síndrome de hiperestimulação.
Após a coleta, quando o processo for realizado pela doação compartilhada, metade dos óvulos serão fertilizados com os espermatozoides do marido da doadora e a outra metade com os espermatozoides do marido da receptora. Se for doação exclusiva, a fertilização é realizada somente com espermatozoides do marido da receptora.
Vinte e quatro horas após a fertilização, sabemos quantos embriões se formaram. Estes permanecem no laboratório por dois a cinco dias e, após serem selecionados, são transferidos ao útero através de um cateter por via vaginal. Não há necessidade de sedação.
Na doação compartilhada, os embriões formados com sêmen do marido da doadora serão transferidos ao útero da doadora, no número máximo de dois. Quando utilizado agonista do GnRH no lugar do hCG, os embriões deverão ser TRATAMENTO DA DOADORA congelados, pois a receptividade endometrial é comprometida. Mesmo com uso de hCG, muitos estudos mostram que níveis elevados de estradiol e progesterona no dia do hCG prejudicam a implantação, e, por isso, a vitrificação dos embriões para transferência num ciclo posterior natural ou de preparo endometrial tem sido cada vez mais frequente.
Este texto foi extraído do e-book “Doação e Recepção de Óvulos”.
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