Está claro o papel do sistema imune na implantação e que algumas falhas de implantação e abortos podem ter relação com algum desbalanço do sistema imune. Entretanto, ainda não está claro todos os mecanismos envolvidos nem como identificá-los. A maioria dos estudos não têm forte impacto, não fornecem conclusões definitivas do seu real valor, nem definem quais pacientes poderiam se beneficiar. Considerando o quanto são desgastantes os tratamentos de reprodução assistida e o tanto que é frustrante um resultado negativo, é compreensível que muitas mulheres e casais optem por tratamentos com pouca evidência. Não significa que estes tratamentos não devam ser oferecidos aos pacientes em situações específicas, mesmo porque, na nossa prática, temos observado resultados positivos, principalmente em casos de repetidas falhas de implantação. Mas é importante ter cautela e um mínimo de racionalidade na indicação, deixando claro para às pacientes a evidência limitada.
Este texto foi extraído do e-book “Imunologia da Fertilidade”.
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