8th IVIRMA International Congress
Palma de Mallorca, Espanha
4 a 6 de abril de 2019
TRABALHO 1
Recipients of donor oocytes have similar outcomes using fresh or vitrified oocytes in an egg donation program
Rogerio Leão, Arnaldo Schizzi Cambiaghi, Amanda Alvarez, Paula Martins, Patricia Nascimento
Centers IPGO, São Paulo
Introduction: The are a great demand for oocyte donation. Fresh oocyte donation has some difficulties, such as, the need to synchronize donor and recipient schedules and the inability to quarantine oocytes. Oocyte cryopreservation is solution for donor oocyte banking. Vitrification has increased outcomes in cycles of thawed oocytes but there are some doubts if the results are similar to fresh oocytes.
Objective: The aim of the study is to compare the outcomes in cycles of endometrial preparation of recipients of donor oocytes with fresh oocytes and fresh embryo, fresh oocytes and frozen embryo and vitrified oocytes.
Material and Methods: It was a retrospective study. Between January 2017 and December 2018 we selected recipiets in endometrial preparation to embryo transfer that received donor oocytes. They were divided in 3 groups: 1- recipents submitted to endometrial preparation in the same moment that the donor, using fresh oocytes and transferig fresh embryos; 2- recipients that received fresh oocytes that was fertilized and the embryos frozen. Then, They were submitted to endometrial preparation and thawed embryo transfer, 3- revipents that received vitrified oocytes that was thawed after endometrial preparation and the embryos transferred. We compared fertilization rate, pregnancy rate (PR), clinical pregnancy rate (CPR) and implantation rate (IR) between the groups. The rates were compared two by two using chi-square test.
Results: In group 1, 64 patients received 582 fresh eggs (median: 9). The fertilization rate was 80%. All of them had embryos to transfer with PR: 61%, CPR 54.7% and IR: 33%. In group 2, 124 patients received 1,240 fresh oocytes (median 10 eggs/patient). The fertilization rate was 78.9%. All embryos were vitrified. After endometrial preparation, the embryos were thawed and transferred with PR 69%, CPR: 58% and IR 40%. In group 3, 132 patients received 1,129 vitrified oocytes but only 1001 survived after thawing (88.7%). The median of oocytes received was 8,6%. The fertilization rate was 78%, PR: 58%, CPR: 49%, IR: 32%. There was no statistical difference comparing the three groups.
Conclusion: Besides it is a retrospective study, we can conclude donated vitrified oocytes have similar outcomes to fresh oocytesgs in egg donation program.
Veja abaixo a versão em Português:
Receptoras de óvulos doados têm resultados similares usando oócitos frescos ou vitrificados
Autores: Rogerio Leão, Arnaldo Schizzi Cambiaghi, Amanda Alvarez, Paula Martins, Patricia Nascimento
Introdução: Tem aumentada cada vez mais pacientes que necessitam de óvulos doados. O uso de óvulos doados frescos tem algumas dificuldades, como a necessidade de sincronizar os ciclos de doadores e receptores e a impossibilidade de manter os óvulos em quarentena para repetir sorologias das doadoras. A criopreservação de óvulos é uma solução para o programa de banco de óvulos. A técnica de vitrificação tem aumentado muito os resultados em ciclos de transferência embrionária utilizando óvulos descongelados, mas existem algumas dúvidas se os resultados são semelhantes a oócitos frescos.
Objetivo: O objetivo do estudo é comparar os resultados em ciclos de preparo endometrial para transferência embrionária de receptoras de oócitos doados, utilizando: óvulos frescos e embriões frescos, oócitos frescos e embriões congelados; e oócitos vitrificados.
Material e Métodos: Foi um estudo retrospectivo. Entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018, foram selecionadas receptoras de óvulos doados em preparo endometrial para transferência de embriões. Elas foram divididas em 3 grupos: 1- receptoras submetidas a preparo endometrial ao mesmo tempo da estimulação ovariana da doadora, com uso de oócitos frescos e transferência de embriões frescos; 2- receptoras s que receberam oócitos frescos que foram fertilizados e os embriões congelados. Elas, então, foram submetidas a preparo endometrial e transferência de embriões descongelados; 3- receptoras que receberam oócitos vitrificados que foram descongelados após preparo endometrial e os embriões transferidos. Comparamos a taxa de fertilização,taxa de de gravidez (PR), taxa de gravidez clínica (CPR) e taxa de implantação (RI) entre os grupos. Os grupos foram comparados dois a dois usando o teste qui-quadrado.
Resultados: No grupo 1, 64 pacientes receberam 582 ovos frescos (média: 9). A taxa de fertilização foi de 80%. Todas elas tiveram embrião para transferir com PR: 61%, CPR 54,7% e IR: 33%. No grupo 2, 124 pacientes receberam 1.240 oócitos frescos (média: 10 óvulos/ paciente). A taxa de fertilização foi de 78,9%. Todos os embriões foram vitrificados. Após a preparação endometrial, os embriões foram descongelados e transferidos com PR 69%, CPR: 58% e IR 40%. No grupo 3, 132 pacientes receberam 1.129 oócitos vitrificados, mas apenas 1001 sobreviveram após o descongelamento (88,7%). A média de oócitos recebidos foi de 8,6. A taxa de fertilização foi 78%, PR: 58%, CPR: 49%, RI: 32%. Não houve diferença estatística comparando os três grupos.
Conclusão: Apesar de ser um estudo retrospectivo, podemos concluir que oócitos vitrificados têm resultados semelhantes aos ovócitos frescos no programa de doação de óvulos.
TRABALHO 2
Atosiban can improve pregnancy and implantation rates in frozen embryo thansfer in patients with previous recurrent implatation failure and high number of uterine contractionsCambiaghi AS, Leao RBF, Alvarez A, Bortolai P, Figueiredo, P
Introduction: Several factors can contribute to the transferred embryo in an in vitro fertilization (IVF) cycle being able to implant in the uterus. Uterine contractions during embryo transfer (ET) could cause the embryos to be removed by the cervix, fallopian tubes or vagina and this may be one cause of implantation failures.
Oxytocin has diverse effects on the female reproductive system. It is known to be a factor causing uterine contractions. Atosiban is an antagonist of the oxytocin hormone whose action on the smooth uterine muscles is to cause uterine contractions. Some studies suggest there are receptors for oxytocin whose action leads to the production of prostaglandins, substances that cause inflammatory reaction and uterine contractions. Thus, it was suggested that use of atosiban during the transfer could decrease the number of contractions and thus, improve the chance of implantation. However, the results of this treatment were controversial. Its use routinely doesn’t seem to increase pregnancy rate in IVF cycles but there are some evidences showing benefits in patients with recurrent implantation failure (RIF).
Material and Methods: It was a observational prospective study. Between January 2017 and December 2018 we selected 61 patients with the following inclusion criteria: at least two previous implantation failure in IVF, age under 40 years-old, at least one frozen blastocyst to be transfer and cine mode display magnetic ressonance imaging (MRI) showing three or more waves per 4 minutes. Cine-mode-display MRI was performed at luteal phase day 5-9 to measure the frequency of uterine contractions.
They were submitted to a cycle of endometrium preparation and a new embryo transfer. A single bolus (6.75 mg, 0.9 mL per vial) of atosiban was administrated before ET. We evaluated pregnancy rate, clinical pregnancy rate and implantation rate.
Results: The pregnancy rate, clincial pregnancy rate and implatnation rate went from 0 to 57,4%, 52,5% and 39,4%, respectively. Considering only patients under 35 years-old, the pregnancy rate, clincial rpegnancy rate and implantation rate were 60%, 50% and 36,3%. Considering only 35 years-old patients or older, the rates were 53,1%, 53,1% and 41,5%, respectively.
Conclusion: Besides it was not a randomized clinical trial, we can conclude that Atosiban may improve implantantion, pregnancy and clinical pregnancy rate in patients with recurrent implantation failure and high number of uterine contractions. Neverthless, randomized clinical trials shoud be done to confirm this results.
Veja abaixo a versão em Português:
Atosiban pode melhorar as taxas de gravidez e implantação em transferências de embrião congelado em pacientes com falhas de implantação e alto número de contrações uterinas
Cambiaghi AS, Leao RBF, Álvarez A, Bortolai P, Figueiredo, P
Introdução: Vários fatores podem contribuir para um embrião transferido em um ciclo de fertilização in vitro (FIV), não conseguir se implantar. Contrações uterinas durante a transferência de embriões (ET) podem causar expulsão dos embriões pelo colo do útero, trompas de falópio ou vagina, e isso pode ser uma das causas das falhas de implantação. A ocitocina tem diversos efeitos no sistema reprodutivo feminino. Sabe-se que é um fator que causa contrações uterinas. Alguns estudos sugerem que existem receptores para a ocitocina cuja ação leva à produção de prostaglandinas, substâncias que causam reação inflamatória e contrações uterinas. O Atosiban é um antagonista da ocitocina. Assim, foi sugerido que seu uso durante a transferência poderia diminuir o número de contrações e, assim, melhorar a chance de implantação. No entanto, os resultados desse tratamento são controversos. Seu uso rotineiramente não parece aumentar a taxa de gravidez em ciclos de FIV, mas existem algumas evidências mostrando benefícios em pacientes com falha de implantação recorrente (RIF).
Material e Métodos: Foi um estudo prospectivo observacional. Entre janeiro de 2017 e dezembro de 2018, foram selecionados 61 pacientes com os seguintes critérios de inclusão: pelo menos dois casos de falha de implantação prévias em ciclos de FIV, idade abaixo de 40 anos, pelo menos um blastocisto congelado a ser transferido e ressonância magnética (RM) mostrando três ou mais contrações uterinas em 4 minutos. A ressonância magnética Cine-mode display foi realizada no dia 5-9 da fase lútea para medir a frequência das contrações uterinas.
As pacientes foram submetidas a um ciclo de preparo do endométrio e a uma nova transferência de embriões. Administrou-se dose única em bolus de frasco de 6,75 mg de tractocileo antes da ET. Avaliamos taxa de gravidez, taxa de gravidez clínica e taxa de implantação.
Resultados: A taxa de gravidez, a taxa de gravidez clínica e a taxa de implantação foram de 0 a 57,4%, 52,5% e 39,4%, respectivamente. Considerando apenas as pacientes com menos de 35 anos, a taxa de gravidez, a taxa de gravidez clínica e a taxa de implantação foram de 60%, 50% e 36,3%. Considerando apenas 35 anos ou mais, as taxas foram de 53,1%, 53,1% e 41,5%, respectivamente.
Conclusão: Apesar de não ser um ensaio clínico randomizado, podemos concluir que o Atosiban pode melhorar as taxas de implantação, gravidez e gravidez clínica em pacientes com falha de implantação recorrente e elevado número de contrações uterinas. No entanto, ensaios clínicos randomizados devem ser realizados para confirmar esses resultados.