O controle após a transferência dos embriões deve ser rigoroso. É importante confirmar o local da implantação embrionária em uma fase inicial, uma vez que pode haver implantações ectópicas (fora da cavidade uterina). A gravidez ectópica é mais frequente em todas as malformações uterinas, e ainda muito mais nos úteros unicornos.
Os abortos de primeiro trimestre são frequentes nos úteros septados, mas têm incidência normal nos úteros que já foram submetidos à septoplástia (ou metroplastia).
Os partos prematuros ocorrem em 15% a 45% de pacientes com malformações uterinas, mesmo nos casos de um embrião único. A realização de cerclagem profilática deve ser considerada como medida preventiva desse evento. O uso de um pessário tem a mesma função preventiva e pode também ser muito útil. Durante o pré-natal, deve ser realizado mensalmente o ultrassom transvaginal para medir o comprimento do colo uterino e, no caso de um único corno, o repouso absoluto deverá ser recomendado, até o momento que o bebê seja viável.
A agenesia de um dos rins, tão comum nestas pacientes que têm malformação mülleriana, pode acarretar hipertensão arterial e hipertensão gestacional, e isso pode implicar avaliações mais frequentes durante o pré-natal. Quanto ao parto, a incidência de cesárias é maior, e isso é atribuído à prematuridade, mal posicionamento fetal (situação transversa) e ao próprio histórico de infertilidade.
Este texto foi extraído do e-book “Malformações Uterinas”.
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