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Praticar exercícios regularmente pode manter o corpo décadas mais jovem

Em um novo estudo envolvendo pessoas com mais de 70 anos que se exercitaram regularmente durante anos, cientistas descobriram que os corações, os pulmões e os músculos dos participantes eram equivalentes aos das pessoas na faixa dos 40 anos

Pesquisadores do Laboratório de Desempenho Humano da Ball State University em Muncie, na Califórnia, avaliaram recentemente a condição física de pessoas na faixa dos 70 anos que se exercitam regularmente há décadas.

A equipe comparou as medidas de saúde desses participantes com as de seus pares mais sedentários e com as medidas de pessoas saudáveis na faixa dos 20 anos. Especificamente, os pesquisadores mediram a capacidade cardíaca e pulmonar, bem como a aptidão muscular. Eles publicaram suas descobertas no Journal of Applied Physiology.

“‘Os exercícios venceram’ é a mensagem para levar para casa. Vimos que as pessoas que se exercitam regularmente, ano após ano, têm melhor saúde geral. Essas pessoas de 75 anos – homens e mulheres – têm uma saúde cardiovascular semelhante a de pessoas com 40-45 anos”, comentou um dos pesquisadores.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, o IMC corresponde aos seguintes estados nutricionais:

Abaixo de 18,5 – magreza patológica
De 18 a 20 – magreza
De 20 a 25 – peso normal
De 25 a 30 –  sobrepeso
Acima de 30 – obesidade
Acima de 40 – obesidade mórbida

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Exercício de lazer pode manter a pessoa jovem

Os pesquisadores trabalharam com três tipos de participantes: sete mulheres e 21 homens na faixa dos 70 que se exercitavam regularmente, 10 mulheres e 10 homens na faixa etária dos 70 anos que tinham vida sedentária e 10 mulheres e 10 homens na faixa etária de 20 anos saudáveis que se exercitavam com regularidade.

Os participantes da primeira categoria relataram ter se exercitado ao longo da vida, e descreveram desfrutar de atividade física frequente como forma de lazer. Cada um desses participantes exercitou-se, em média, 5 dias por semana por um total combinado de cerca de 7 horas.

Em uma etapa, os pesquisadores procuraram determinar a resistência aeróbia dos participantes avaliando suas medições de VO2 max (volume de oxigênio máximo). Isso avalia a quantidade máxima de oxigênio que um indivíduo pode usar durante as sessões de exercício aeróbico intenso. Os pesquisadores fizeram isso pedindo às pessoas que pedalassem em bicicletas ergométricas.

O marcador é importante porque, como a equipe explica, o VO2 max tende a diminuir em aproximadamente 10% a cada 10 anos após a pessoa atingir a idade de 30 anos, e essa redução corresponde a um risco aumentado de doença.

Os pesquisadores também realizaram biópsias musculares nos participantes para avaliar a formação e distribuição de pequenos vasos sanguíneos nos músculos e avaliar a atividade enzimática aeróbica, que impulsiona o metabolismo do oxigênio no nível celular.

Em outra etapa do estudo, a equipe dividiu os participantes do sexo masculino em dois grupos: o grupo de desempenho, que treinou para competir, e o grupo de fitness, que se exercitou para o lazer.

Eles descobriram que “para algumas das variáveis, o grupo de desempenho tinha algumas métricas que eram superiores às do fitness e a capacidade cardiovascular era uma delas”, observaram os pesquisadores, acrescentando:  “Mas coisas como saúde muscular e capilares para suportar o fluxo sanguíneo eram equivalentes entre os dois grupos. Uma intensidade maior não necessariamente os levava a um patamar mais alto”.

Os pesquisadores sugerem que as medidas de saúde dos participantes fisicamente ativos em seus 70 anos se assemelham com as de pessoas saudáveis ​​décadas mais jovens, e que esses benefícios parecem se aplicar tanto a mulheres quanto a homens.

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30 a 45 minutos de exercícios por dia

A equipe observa que os participantes mais antigos pertencem a uma geração que recebeu muito incentivo para praticar esportes.

“O que foi realmente interessante sobre este estudo é que essas pessoas saíram da geração do boom de exercícios, que realmente começou na década de 1970, quando a corrida e o tênis se tornaram populares [para] as massas”, afirmaram os pesquisadores.

A década de 1970, segundo eles, também foi aquela em que as mulheres puderam ingressar em esportes mais competitivos, graças às novas leis federais adotadas nos Estados Unidos. Uma lei estabelecia que “nenhuma pessoa nos Estados Unidos poderá, com base no sexo, ser excluída da participação, ser impedida de usufruir dos benefícios ou ser sujeita a discriminação sob qualquer programa educacional ou atividade que receba assistência financeira federal”.

Graças a esse tipo de mudança legislativa, os pesquisadores conseguiram recrutar participantes do sexo feminino que praticam esportes em níveis competitivos. Mas eles enfatizam que não é necessário ser competitivo para colher os benefícios do exercício.

“Se você quiser fazer de 30 a 45 minutos de caminhada em um dia, a quantidade de benefícios de saúde que você obterá será significativa e substancial”, eles admitem.

“Será igual à pessoa que está treinando para performances competitivas? Não. Mas, vai superar a preguiça. Em termos básicos, 30 a 45 minutos de qualquer tipo de exercício por dia já é benéfico”, enfatizaram os estudiosos.

Para o especialista em Medicina Reprodutiva Arnaldo Schizzi Cambiaghi, diretor do Centro de Reprodução Humana do IPGO, não há como isolar fatores que tragam benefício para o controle ou cura das doenças: “É fato indiscutível que os hábitos saudáveis permitem ao organismo um funcionamento melhor. Não há doença crônica como diabetes, hipertensão, depressão, asma, bronquite ou doença renal que não se torne menos intensa ou sintomática com a adoção de hábitos de vida saudáveis. Como dizer se o fator mais importante foi a atividade física, a alimentação ou a felicidade que ambos trazem? A verdade é que os bons hábitos de vida trazem e preservam a saúde. Por isso, cuide da sua alimentação, da qualidade do seu sono e faça atividade física. Essa é a tríade da saúde”.

Acesse: www.ipgo.com.br

Fonte: Medical News Today

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