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“Suplemento alimentar” vendido nos EUA melhora a fertilidade da mulher após os 40 anos

Publicado em 21/09/2019 por IPGO O DHEA (Dihidroepiandrosterona) – um hormônio produzido pelas glândulas supra-renais que diminui progressivamente com a idade – é vendido como suplemento alimentar com o objetivo de combater o envelhecimento e melhorar a sensação de bem-estar. A falta deste hormônio reduz o desejo sexual, a massa muscular e as ações do sistema imunológico.

Durante o 21º Congresso Anual da Sociedade Européia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE) que aconteceu na Dinamarca na última quinzena de junho, o professor N. Gleider, de Chicago, EUA, apresentou um estudo com mulheres acima de 40 anos em tratamento de infertilidade que tomaram DHEA. Estas pacientes tinham exames normais e após tomarem este suplemento por 17 semanas dobraram o número de óvulos e embriões produzidos quando comparados à época que não tomavam esta substância. O número de gestações nestas mulheres surpreendeu e foi maior do que o esperado.

O DHEA foi amplamente vendido em todo o mundo durante a década de 90, como uma medicação milagrosa no combate ao envelhecimento, prevenção de doenças cardíacas, obesidade e até na prevenção a doença de Alzheimer. Entretanto, os seus efeitos benéficos não foram comprovados e por isso, em alguns países, como o Brasil, a venda foi proibida, embora a sua aquisição possa ser feita sem dificuldades pela Internet. Devido a resolução – RDC número 47, de 2 de junho de 2000, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária proibiu a comercialização desta substância no país por não ter sua eficácia comprovada para o que se propunha na época. Nos EUA, porém, foi aprovada como suplemento alimentar e até hoje é comercializado sem restrição.

Segundo o dr. Arnaldo Cambiaghi, especialista em infertilidade do Centro de Reprodução Humana do IPGO – Instituto Paulista de Ginecologia e Obstetrícia, presente nesta conferência, o estudo apresentado pelo Dr. Gleider é bastante interessante e merece crédito. “As mulheres acima de 40 anos apresentam um grande desafio para os tratamentos de infertilidade. Após esta idade os ovários envelhecem, os resultados tendem a ser piores e a quantidade de medicação utilizada é maior, implicando num maior custo financeiro. A utilização desta substancia pode oferecer melhores resultados e uma economia substancial para o bolso dos que pagam pelo tratamento. Principalmente se ela puder ser utilizada em hospitais públicos”, finaliza Cambiaghi.

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