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“Venenos” do meio ambiente interferem na fertilidade

Dr. Arnaldo Schizzi Cambiaghi

Nos últimos anos, tenho observado o aumento de casais que procuram tratamentos para a infertilidade. As justificativas para isto podem ser baseadas no avanço científico, aumento do conhecimento dos profissionais da saúde, divulgação de casos ao público leigo, desmistificação dos problemas de fertilidade do homem e o desejo da mulher em postergar a maternidade para após os 35 anos.

Apesar dessas mudanças de comportamento, noto um aumento absoluto das dificuldades dos casais em terem filhos. Há poucos anos, o site National Survey of Family Growth fez um levantamento sobre casais com dificuldade em engravidar e, surpreendentemente, observou um aumento maior desse problema em pessoas com menos de 25 anos (42%).

Isso, segundo a publicação, sugere que as alterações ambientais nos últimos anos prejudicaram mais os casais jovens, por terem sido expostos a substâncias tóxicas presentes no meio ambiente num período de vida mais precoce. Mudanças ambientais têm preocupado autoridades no mundo todo. Muitas delas têm sido causadas pela evolução tecnológica, gerada pelo próprio homem, e interferem no bem-estar das pessoas, agredindo vários órgãos do corpo humano. Existem alterações que estão no nosso dia a dia e prejudicam a fertilidade, fato que tem sido demonstrado por meio de experiências laboratoriais em animais. Embora muitos desses efeitos maléficos não sejam comprovados no ser humano, evidências sugerem a interferência negativa dessas substâncias na fertilidade.

Entre elas, o bisfenol-A tem merecido atenção por estar diretamente ligada aos bebês, uma vez que esta matéria-prima faz parte da composição da estrutura das mamadeiras. Como se sabe, ela pode causar câncer, diabetes e prejudicar a fertilidade. Foram observadas alterações cromossômicas e diminuição de espermatozóides em ratos. Entretanto não existem estudos em humanos. Assim, crianças podem ter sua saúde prejudicada desde o início das suas vidas. Por esse motivo, a partir de 2012, a ANVISA proibirá este componente na fabricação desses utensílios.
Porém, é apenas o começo. É preciso prestar atenção em outros itens como chumbo, dioxinas, aditivos alimentícios e pesticidas, por exemplo. O efeito da alimentação na fertilidade esta cada vez mais claro. Os alimentos, com o uso de pesticidas e herbicidas na agricultura, têm contribuído em grande parte para a infertilidade, em especial a queda na produção de espermatozóides.

Com os dados até hoje obtidos, podem ser tiradas algumas conclusões e, assim, evitar-se, dentro do possível, o contato com essas toxinas. Essa tarefa preventiva, na maioria das vezes, é complicada e de difícil incorporação à rotina das pessoas, mas, estar ciente dos problemas é de grande utilidade e exige algumas reflexões, como quase tudo na vida.

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