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5º CONGRESSO DO IVI (INSTITUTO VALENCIANO DE INFERTILIDADE) ENTRE OS DIAS 4 A 6 DE ABRIL DE 2013

IPGO NA ESPANHA: NOVO TRATAMENTO QUE AUMENTA AS CHANCES DE GRAVIDEZ NA FERTILIZAÇÃO IN VITRO5° Congresso Internacional do IVI Instituto Valenciano de Infertilidade

O IPGO na Espanha

4 a 6 de abril de 2013 em Sevilha na Espanha
Saúde Reprodutiva da mulher – Novidades

Aconteceu de 4 a 6 de abril em Sevilha na Espanha o 5o Congresso Internacional do IVI ( Instituto Valenciano de Infertilidade). O IPGO esteve presente representado por mim Dra. Amanda Volpato Alvarez e pelo Dr. Rogério Leão. Além disto o IPGO apresentou o trabalho sobre o uso de HCG intrauterino pré transferência embrionária, como já divulgado anteriormente.

Vários assuntos foram abordados no congresso entre eles: estimulação ovariana, a utilização de drogas adjuvantes como testosterona e hormônio de crescimento para as más respondedoras, a interferência do cigarro e da obesidade na fertilidade, infertilidade masculina e a biópsia de endométrio para a avaliação da receptividade endometrial.
Praticamente todos os assuntos discutidos já fazem parte da prática clínica do IPGO, nos mostrando que estamos atualizados e em sintonia com os grandes centros de reprodução do mundo.

Quanto a estimulação ovariana os principais aspectos apresentados foram: a utilização do LH concomitante nas induções para as mulheres acima de 35 anos, má respondedoras, AMH baixo, e com testosterona baixa. Quantos ao número ideal de oócitos por coleta, os estudos mostraram que o ideal é ter entre 5 e 14 óvulos, priorizando pela qualidade e não quantidade. Outro assunto abordado que já se foi muito discutido é a utilização do antagonista para as pacientes com risco de hiperestímulo, fazendo o trigger com análogo de GnRh, o que realmente diminui as incidências da síndrome de hiperestímulo ovariano. Quanto ao uso do anticoncepcional pré estimulação para sincronismo dos ciclos, a meta análise apresentada conclui que não interfere no resultado, embora tende a aumentar o número de dias de estímulo e doses de gonadotrofinas.

Nas pacientes com endometriomas, nenhum trabalho confirma se a melhor conduta é operar antes da FIV ou fazer a FIV sem retirar a lesão. O que foi chamado atenção é para o risco que sempre existe de lesão do ovário nas cirurgias. Entretanto pacientes sintomáticas, com muita dor e com lesão unilateral, a cirurgia deve ser considerada.

Quanto as drogas adjuvantes para os tratamentos o Hormônio de Crescimento (GH) surge com uma alternativa para as má respondedoras, com a intenção de melhorar a qualidade dos oócitos, não mudando o número de óocitos, porque age a nível mitocondrial, melhorando a qualidade dos óvulos em mulheres com baixa reserva. Diferentes protocolos para o uso do GH foram apresentados, entretanto sem diferença entre eles. Outra droga citada foi a testosterona, que melhora a resposta ovariana em má respondedoras, entretanto dentre aquelas que possuam níveis diminuídos no hormônio com FSH dentro da normalidade. Nestes casos a testosterona aumenta a sensibilidade ao FSH no folículo antral, melhorando a resposta na estimulação ovariana.
Novos trabalhos confirmaram a interferência do estilo de vida na fertilidade, comprovando que a obesidade tanto feminina quanto masculina, o tabagismo e os metais pesados diminuem a fertilidade e afetam os resultados diminuindo a taxa de sucesso nos pacientes submetidos a tratamentos de reprodução assistida.

O fator masculino isolado é responsável por 20% dos casos de infertilidade e contribui em 30 a 40% dos casos. Dentre as principais causas a varicocele está presente em 42% dos casos e causas genéticas em 10%. A fragmentação de DNA embora não se consiga provar estatisticamente, consegue muita vezes explicar a causa da infertilidade em casos de infertilidade sem causa aparente (ISCA) e alguns trabalhos comprovam o aumento das taxas de sucesso da FIV, quando diagnosticada e tratada.

Outro assunto também muito debatido foi a biópsia endometrial para avaliaçãoo da receptividade do endométrio na data da transferência embrionária. Esta biópsia chamada de ERA, já é realizada pelo IPGO, e avalia a janela de receptividade endometrial, confirmando qual o melhor dia para a transferência embrionária. Esta indicada nos casos de falhas de implantação e um ponto importante mostrado é que a janela não muda, pelo menos até 6 meses após a biópsia, como já estudado.

IPGO APRESENTA EM CONGRESSO INTERNACIONAL NA ESPANHA NOVO TRATAMENTO QUE AUMENTA AS CHANCES DE GRAVIDEZ NA FERTILIZAÇÃO IN VITRO

Estudo que será apresentado na Espanha pelo Centro de Reprodução Humana do IPGO recebeu o nome de IEG (Infusão Endométrial de Gonadotrofina ) antes da transferência de embriões, melhora as taxas de gravidez nos tratamentos de Fertilização in vitro em até 30%

Um recente estudo realizado pelo Centro de Reprodução Humana do IPGO em São Paulo e que será apresentado na Espanha durante 5º Congresso do IVI (Instituto Valenciano de Infertilidade) entre os dias 4 a 6 de abril de 2013, demonstrou que a infusão intra-uterina do hormônio chamado gonadotrofina coriônica humana (hcg) – (Brevactid ou Choriomon), antes da transferência de embriões nos tratamentos de fertilização in vitro (FIV) aumenta as chances de sucesso em pacientes com falhas repetidas em tratamentos anteriores. Este estudo prospectivo randomizado foi realizado pelos médicos Arnaldo Schizzi Cambiaghi, Rogério B. F. Leão e Amanda Alvarez foi batizado como o nome de IEG (Infusão Endométrial de Gonadotrofina). Baseou-se na observação que nos últimos anos houve muito avanço nas técnicas de reprodução assistida, mas a taxa de sucesso ainda está entre 30 a 50% por ciclo . Estima-se que 50 a 75% das causas são as falhas na implantação sem motivos aparentes, portanto muito esforço vem sendo feito para se tentar melhorá-la. Sabe-se que há vários fatores que contribuem para o embrião conseguir se implantar ao útero e que a qualidade do embrião e a receptividade do endométrio interferem nesse sucesso. A implantação é um processo complexo e muitos fatores estão envolvidos como, por exemplo, a gonadotrofina coriônica humana (hCG) – (Brevactid ou Choriomon). Esse hormônio é secretado pelo embrião e tem papel fundamental na “penetração” do embrião no endométrio e na regulação da tolerância imunológica ao embrião, essenciais para implantação. Além disso o hcg regula a liberação de várias substâncias importantes para esse processo. Dessa forma, surgiu a idéia de que a infusão de hcg diretamente no endométrio poderia melhorar a taxa de implantação.

Como foi realizado: entre Janeiro e Dezembro de 2012 foram selecionadas 36 mulheres com indicação de FIV que apresentavam pelo menos 2 falhas prévias em ciclos de FIV com transferência de pelo menos 1 embrião. Todas foram submetidas ao mesmo protocolo de indução da ovulação. No dia da transferência de embriões (em fase de blastocisto), no Grupo 1, as pacientes foram submetidas ao IEG com infusão de 500 IU de hCG 6 horas antes da transferência de embriões. No Grupo 2, foram direto para a transferência, seguindo o protocolo usual de todas as clínicas.

Resultados: Com o uso do IEG foram observados aumentos de 30% na taxa de gravidez clínica (38.8% vs 27.8%) e implantação (22,5% vs 15,8%). Entretanto, do ponto de vista estatístico, esta diferença não deve ser considerada significativa, em decorrência do número de pacientes avaliados ser pequeno.
A conclusão é que o procedimento parece aumentar a taxa de implantação e gravidez clínica nos ciclos de FIV e representa uma boa opção complementar em pacientes submetidas a estes tratamentos.
O IEG é mais uma possibilidade de tratamento que pode ser incorporada na rotina dos tratamentos de fertilização que ainda não foram bem sucedidos .

Referências:

1- de Mouzon J, Lancaster P, Nygren KG, Sullivan E, Zegers-Hochschild F, Mansour R, et al, International Committee for Monitoring Assisted Reproductive Technology. World collaborative report on Assisted Reproductive Technology, 2002 [published correction appears in Hum Reprod 2010;25:1345]. Hum Reprod 2009;24:2310–20.
2- Norwitz ER, Schust DJ, Fisher SJ. Implantation and the survival of early pregnancy. N Engl J Med 2001;345:1400–8.
3- Psychoyos A. Uterine receptivity for nidation. Ann NYAcad Sci 1986;476:36–42.
4- Tsampalas M, Gridelet V, Berndt S, Foidart JM, Geenen V, Perrier d’Hauterive S. Human chorionic gonadotropin: a hormone with immunological and angiogenic properties. J Reprod Immunol 2010;85:93–8.
5- Burton GJ. Early placental development. Placenta 2006;27:A2.
6- Zenclussen AC, Gerlof K, Zenclussen ML, Ritschel S, Zambon Bertoja A, Fest S, et al. Regulatory T cells induce a privileged tolerant microenvironment at the fetal-maternal interface. Eur J Immunol 2006;36:82–94.
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8- Mansour R, Tawab N, Kamal O, El-Faissal Y, Serour A, Aboulghar M, et al. Intrauterine injection of human chorionic gonadotropin before embryo transfer significantly improves the implantation and pregnancy rates in in vitro fertilization/
intracytoplasmic sperm injection: a prospective randomized study. Fertil Steril 2011;96:1370–4.

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